A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem. Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente (Geografia Humana). Para alguns a Geografia também pode ser uma prática humana de conhecer o espaço onde se vive, para compreender e planejar onde se vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza. A natureza é entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço geográfico, isto é, a dinâmica e interações que existem entre a atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. O homem é entendido como um organismo capaz de modificar consideravelmente as forças da natureza através da tecnologia.
O profissional que estuda a geografia é chamado de geógrafo.Por agora devia já ser desnecessário referir-se que um geógrafo não é necessariamente uma pessoa que sabe as capitais de todos os países e respectivas linhas de fronteira. Também devia ser desnecessário dizer-se que um geógrafo não é apenas um profissional que dá aulas. Mas continuam a ser essas as ideias de muitos perante a interrogação do que faz um geógrafo. A responsabilidade é, em muito, nossa. Os geógrafos tiveram no passado recente pouca capacidade para embrulhar a sua competência num papel de embrulho sedutor, com marketing eficaz, talvez por até aqui ter havido pouca consciência de que não basta ser-se competente, é necessário mostrá-lo a mais do que apenas ao cliente directo, e porque a geografia que outrora teve grande glamour compete hoje num mercado bastante mais hostil. A generalidade das coisas que os olhos podem ver estão já descritas e quase todas visitadas, à geografia colocam-se outros e novos desafios.
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1- Consumismo Global
O Consumo é a atividade que consiste na fruição de bens e serviços pelos indivíduos, pelas empresas ou pelo governo, e que implica a posse e destruição material (no caso dos bens) ou imaterial (no caso dos serviços). Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização
Consumo privado
É realizado pelas famílias e pelas empresas pertencentes à iniciativa privada, que como agente econômico, utilizam o rendimento que obtêm na atividade produtiva para comprar bens e serviços necessários à satisfação de suas necessidades, tais como: alimentação, vestuário, habitação, divertimentos, luz, água, energia que tem em casa e que se a gente não tomar cuidado pode acabar. Por exemplo o reservatório da cantareira esta com um nível de água muito baixa e abastasse a maioria das pessoas da zona norte. A água poluída é tão pior do que a escassez de água.
Consumo público
O consumo não se restringe às famílias, mas também à Administração Pública. O consumo feito pela Administração Pública é o consumo público, pois esta consome bens e serviços necessários à sua atividade.
O americano médio consome mais do que o seu próprio peso em produtos por dia, alimentando uma cultura global do excesso que vem emergindo como a maior ameaça para o planeta, segundo um relatório publicado nesta semana. No seu relatório anual, o Worldwatch Institute diz que o culto do consumo e da ganância pode acabar com todos os avanços das ações governamentais em direção ao combate das mudanças climáticas e de mudanças para uma economia de eficiência energética.
De acordo com a Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia.
Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. “Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães.
Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. “Assim conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável”.
Para ambientalistas, a sociedade precisa repensar seu estilo de vida. Nesse contexto, dizem, a educação e a informação são instrumentos importantes para uma mudança de valores. De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais. “Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias e o estímulo ao consumo responsável são essenciais para reduzir a pegada ecológica”, disse Maria Cecília.
“É importante que as pessoas se lembrem de que qualquer desperdício de energia, por menor que pareça, está sendo feito às custas do planeta ao gastar mais combustível fóssil. Podemos fazer nossas escolhas lembrando que a Terra é finita, como é a nossa conta no banco. A gente só tem esse planeta, por que não cuidar dele?”, ressaltou a secretária-geral do WWF-Brasil.
2- A Energia que move
A ideia de um mundo sem eletricidade é inconcebível. A imagem de ambientes e pessoas iluminadas pela luz da lua, das estrelas e das velas tem, para nós, no ano 2000, um ar de estranha e romântica pobreza. Com o advento da revolução industrial, passamos a associar o controle da energia com progresso, prosperidade e bem-estar: sem energia, o mundo como o conhecemos não existiria.
Sim, a energia é o fator determinante, e limitante, no movimento e desenvolvimento de uma sociedade.
As matrizes energéticas mais usadas são -em ordem decrescente de importância: 1) no mundo: derivados de petróleo (34%), carvão mineral (31%), gás natural de petróleo, hidroelétrica, nuclear; 2) no Brasil: hidroelétrica (95%), derivados do petróleo (6%), carvão mineral, nuclear (Angra 1 e Angra 2).
Brasil possui a maior rede fluvial do mundo e, por extensão, a maior oferta de hidroeletricidade. Os países desenvolvidos têm potencial hidroelétrico mais baixo ou totalmente instalado e, por razões históricas, usam combustíveis fósseis. A preocupação maior está em saber por quanto tempo o mundo vai poder crescer considerando que os recursos energéticos são finitos. Os combustíveis fósseis não são renováveis, os recursos hidroelétricos estão mal distribuídos e não podem ser transportados por longas distâncias, e as demais fontes ou possuem uso restrito, ou ainda estão sendo pesquisadas, ou possuem valor de produção muito elevado.
O Brasil é um caso particular, pois, com apenas uma pequena parcela de seu potencial hidroelétrico instalado, corre o risco de "ficar no escuro". O centro-sul concentrou a maior parte das cidades, do parque industrial e do mercado consumidor do país, fazendo com que grandes usinas hidroelétricas fossem instaladas nas bacias da região, e o limite de oferta de energia foi atingido.
A ameaça de blecaute poderá ser temporariamente afastada se o desperdício for reduzido, se as centrais nucleares estiverem totalmente operantes, se as usinas termoelétricas forem instaladas e se as usinas hidroelétricas tiverem sua capacidade de produção ampliada (aumento das chuvas nos reservatórios).
Mas mais importante do que as medidas "emergenciais" é o uso racional da energia, a diversificação e a democratização da atividade econômica para que cada região possa criar uma política energética local de maneira plena e inteligente como as novas fontes de energias solar e eólica, biomassa.
3- A Geografia Cultural
A Geografia Cultural pode ser entendida como uma ramo da Geografia preocupada com a distribuição espacial das manifestações culturais, como: religiões, crenças, rituais, artes, formas de trabalho, enfim tudo que é resultado de uma criação ou transformação do homem sobre a natureza ou das suas relações com o espaço. Seja no planeta, em um continente, país etc.
Atualmente, pode-se pensar na Geografia Cultural como sendo aquela que considera os sentimentos e as ideias de um grupo ou povo sobre o espaço a partir da experiência vivida. É uma geografia do lugar. Sua relevância será estabelecida a medida que as referências culturais determinem as ações da sociedade sobre a natureza.
Geografia Cultural estuda os produtos e normas culturais e suas variações através dos espaços e dos lugares. Foca-se na descrição e análise de como as formas de linguagem, religião, artes, crenças, economia, governo, trabalho e outros fenômenos culturais variam ou permanecem constantes, de um lugar para outro e na explicação de como os humanos funcionam no espaço.
As áreas de estudo da geografia cultural são muito amplas. Entre os muitos tópicos aplicáveis a este campo de estudo estão:
Globalização, que tem sido teorizada como explicação para a convergência cultural.
Ocidentalização, ou outros processos semelhantes como modernização, americanização, islamização e outros.
Teorias da hegemonia cultural ou assimilação cultural através do imperialismo cultural.
Diferenciação cultural das áreas, como um estudo das diferenças no modo de vida englobando ideias, comportamentos, linguagens, práticas, instituições e estruturas do poder e toda uma gama de práticas culturais nas áreas geográficas.
Estudo das paisagens culturais.
Outros tópicos incluem espírito de lugar, colonialismo, pós-colonialismo, internacionalismo, imigração, emigração e ecoturismo.
Comemora-se, no dia 29 de maio, o dia do geógrafo. O profissional formado em Geografia é responsável por estudar, analisar e compreender a lógica de produção e transformação do espaço humanizado, bem como a relação desse com o meio natural. Assim, a pertinência do geógrafo é a abordagem da interação entre natureza e sociedade.
Aqueles que pretendem seguir carreira nessa área poderão optar pela licenciatura e pelo bacharelado. Os licenciados tornar-se-ão aptos a ministrar aulas na disciplina de Geografia no ensino fundamental e médio, necessitando de especialização, mestrado e/ou doutorado para lecionar em nível superior. Já os bacharéis, após formados, deverão filiar-se ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), trabalhando através de pareceres técnicos em diversos campos, como planejamento urbano, estudo de impactos socioambientais, contenção de problemas erosivos, entre outros importantes méritos